Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, por um indivíduo ou grupo de indivíduos que queiram intimidar, ou humilhar aqueles que eles consideram mais fracos, ou inferiores. Bully é o termo inglês para valentão. Apesar de muitos destes valentões já terem sido vítimas de bullyng, o que acabou por transformar a vítima em agressor, essa não é a regra. Muitos estudiosos do assunto relatam que na maioria dos casos, os agressores não sofrem de qualquer déficit de auto-estima. Na verdade, são portadores de personalidades fortes e dominadoras combinadas com atitudes preconceituosas sobre aqueles que consideram inferiores. Para atormentar suas vítimas utilizam técnicas combinadas de intimidação e humilhação, e quanto antes este comportamento for percebido na criança, mais fácl que seja trabalhado e extinto. A verdade é que muitos pais acham “bonitinho” o filho mostrar sua coragem, e acabam confundindo comportamentos iniciais de bullyng com personalidade forte, liderança e determinação. Sem o devido conhecimento dos fatos acabam reforçando atitudes discriminatórias e excludentes, contribuindo para um comportamento violento e transformando seus filhos em verdadeiros bullies.
Se para a família talvez seja difícil perceber se seu filho é vítima ou agressor, para a escola o problema só se agrava pela omissão, pois são facilmente percebidos no cotidiano.
Esta semana decidimos que o circuito de palestras anuais em nossa escola, começaria com este tema. Contratamos uma ONG, aqui do Rio de Janeiro, chamada Aliança Vida e Familia- vidaefamilia@vidaefamilia.org - para realizar as palestras. Entre as palestras agendadas, encontram-se: Bullyng, Relação Familiar Saudável ( para pais e responsáveis), Drogas, Sexualidade e Gravidez Indesejada. A ong pede a contribuição de R$ 40,00 para despesas com locomoção, e rateamos este valor entre os professores. Começamos com Bullyng, pois acreditem, muitos dos nossos jovens não tem a menor idéia do que se trata! Acham que não passa de brincadeira o abuso psicológico ou verbal que sofrem ou cometem uns contra os outros. Teve adolescente que chorou ouvindo a palestra. Prova do quanto estas atitudes violentas estão presentes na vida deles, e muitas vezes sequer temos conhecimento dos fatos. Assumimos o compromisso de darmos continuidade ao tema em sala de aula, levando sempre que possível, recortes de jornais contando atitudes discriminatórias e violentas praticadas por bullyng, de foma a esclarecer nossos alunos e inibir este tipo de comportamento na comunidade escolar. Estando atento para não nos omitirmos diante destes fatos em nossa escola, ao espalharmos a “sementinha do bem” entre nossos alunos, estaremos contribuindo para reforçar prática positivas que certamente se alastrarão para além dos portões escolares.
Desde que deixamos de ser professores e passamos a ser educadores, assumimos esta árdua tarefa, muito mais abrangente e para a qual as vezes nem preparados estamos, a tarefa de educar os filhos dos outros para além das práticas escolares. Depois reclamam dos conteúdos escolares mínimos obrigatórios! Bem, isso é assunto para outra postagem, o importante é que temos consciência de que, justo ou não, procuramos cumprir nossa missão!
1 comentários:
Oi, professora!
Que bom ler o seu texto e ver que a comunidade escolar está se movimentando para tentar resolver esse problema.
Começaram muito bem pelo que vi no post. O fato de entender que o bullying pode estar presente em qualquer escola, já é um avanço.
Acredito que uma campanha de conscientização e mobilização na comunidade escolar é o caminho certo a ser percorrido.
Gostei muito do seu espaço.
Um forte abraço!
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