Tudo bem que seu filhote, ou mesmo seu aluno, não seja um “anjinho”, exemplo de bom comportamento e comprometimento com os estudos, mas daí a classificá-lo como TDAH, já é um exagero. Não estou negando a existência do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) , como muitos fazem, acusando-o inclusive de ser uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento. Longe de mim me meter nesta briga de “cachorros grandes”! Mas que a tal de TDAH está virando moda, ah isso tá!
Toda criança que facilmente se distrai por estímulos fora do ambiente interno, que tem dificuldades para manter atenção em atividades longas e repetitivas, ou que não prestam a menor atenção nos assuntos que não lhe são interessantes – alguns dos sintomas de quem sofre com o transtorno neorológico - entra, quase que automaticamente, para a lista de suspeitos de “sofrer do mal”. O distúrbio não se caracteriza apenas pelos sintomas descritos acima e não há um exame laboratorial que possa complementar ou confirmar a análise realizada em consultório através de questionários, depoimentos e entrevistas. Por essas razões é muito importante procurar informações sobre o assunto e procurar um especialista confiável, que possa fornecer um diagnóstico seguro e um tratamento eficaz. Segundo dados estatísticos cerca de 3 a 5% das crianças em todo o mundo sofrem com a doença.
Peraí!!! Só isso! Não acredito! O número deve ser muito maior, na verdade tenho a nítida impressão que 99% das crianças e pelo menos 90% dos adultos, não prestam atenção quando o assunto não é interessante, quando as atividades são muito extensas ou repetitivas, ou ainda, se um lindo canário pode ser avistado, pousado em uma árvore, da janela da sala onde estamos “concentrados”, por exemplo, assistindo a uma palestra sobre TDAH. Será que estou enganada? Sofro do tal transtorno e minha mãe e professora nunca perceberam? Será que estou na fase da negação?
Ainda bem que já cresci, pois seria uma forte candidata à sala do neuropsiquiatra caso minha mãe tomasse conhecimento do fato quando eu era pequena. Ela sempre dizia que eu era “avoadinha”. Principalmente na igreja. Meu Deus, me perdoe, mas era um tormento! Um dia lindo de sol no Rio de Janeiro, e eu ali ouvindo o padre falando as maravilhas que Deus criou. Isso eu podia avistar dali mesmo. Por que ele não me deixava agradecer a Deus na prática, brincando nas areias daquela linda praia? E a professora, então! Eu com um quintal maravilhoso, cheio de joaninhas, árvores, cachorrinhos, gatinhos e colegas me esperando, e ela insistindo com aqueles cálculos horrorosos. É demais, para uma pobre criança!
Segundo a ABDA – Assossiação Brasileira do Déficti de Atenção - o “Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.” Mas não é tão frequente visto que uma parcela mínima da população sofre do mal.
Crianças são ativas, curiosas, questionadoras e parecem estar sempre a “mil por hora”. E cá para nós, devem correr mesmo pois a infância é muito curta. Aos meus amigos professores e pais preocupados e atentos eu digo que não se precipitem, pois podem acabar levando crianças perfeitamente normais, inquietas pelo instinto natural de viver, para consultórios de medicos despreparados e precipitados, que lhe receitarão drogas perigosas, que poderão comprometer-lhes, verdadeiramente, o futuro. Lembre-se sempre: Nem toda moda deve pegar!
Agora vou dormir e relaxar da minha hiperatividade de hoje. Amanhã vou voltar a esse assunto, e dar umas dicas para meus colegas de trabalho “maluquinhos”, de como se prevenir para evitar ser influenciado pelos modismos.
1 comentários:
HUm texto grande nen li tudo mas viro moda mesmo ,,
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