PARA SEMPRE
Carlos Drummond de Andrade
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo-
de tirá-la um dia?
Fôsse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.
Eu convivi com uma mulher muito especial. Não era especial só por ser minha mãe. Era especial porque sabia amar as pessoas, sabia respeitar as diferenças, tinha o dom de ouvir, de cuidar, de se preocupar de verdade com o outro. Mãe não só minha, mas de todos aqueles que precisassem de uma mãe. Ela saía por aí adotando pessoas de todos os tamanhos, idades, cor e crenças. Minha mãe era tudo o que uma mãe deve ser, chata, carinhosa, preocupada, exagerada, super protetora, “cozinheira de mão cheia”, vovó dedicada e amiga para todas as horas. Agradeço a Deus todos os dias por ter me dado esta MÃE especial. Esta mulher me transformou no que sou hoje, além de ter transformado a vida de muitos “filhos” que a escolheram. Desde que ela se foi eu me pergunto:
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Feliz Dia das Mães!
Aproveitem bastante a sua mãezona, como eu aproveitei a minha!
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