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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A “Onda Verde” deixou muitos com a cara vermelha de raiva!

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Após votar numa escola em São Bernardo do Campo, Lula  admitiu a possibilidade de segundo turno: “Eu não ganhei no primeiro turno nenhuma eleição, nem em 2002 nem em 2006. Apenas vai demorar 30 dias a mais, 30 dias de luta. E vamos para a disputa. Não é fácil obter 50% de votos do povo brasileiro no primeiro turno. Ela está numa situação privilegiada", disse Lula.

Esta professorinha maluquinha aqui também já esperava por isso! Só não sei se a situação da Dilma é tão privilegiada assim, como diz nosso presidente. O Brasil tem 135,804 milhões de eleitores. A abstenção foi de 18,12%, os votos em branco somaram 3.479.320 (3,13%); e os nulos, 6.124.083 (5,51%). Olha só quantos votos perdidos! Dilma ganhou em quatro regiões brasileiras e Serra em apenas uma.  Só não ganhou ontem, porque cerca de 6,3 milhões de votos dela foram,  provavelmente, desviados para Marina Silva. Esta sim, como afirma os jornais do país, a grande vencedora no fim das contas. Marina, usada pela mídia para tirar votos de Dilma e levar as eleições para o segundo turno, favorecendo assim o candidato tucano, cumpriu muito bem seu papel. Assim aconteceu com Lula nas eleições de 1989, usado pela mídia para enfraquecer Leonel Brizola, garantindo assim a vitória do candidato que apoiavam: Fernando Collor de Mello. Hoje o favorecido José Serra comemora sua vitória, como se tivesse ficado em primeiro lugar neste pleito. Está de volta às eleições de 2010 e o melhor, fotalecido. Tudo graças a “onda verde” que tem tudo para se transformar em azul. Enquanto eu vou ficando vermelha.

Muitos eleitores de Dilma se bandearam para o lado da Marina, na falsa esperança - incentivada indiretamente pela imprensa - de que poderia haver um segundo turno só de mulheres. Outros, por acreditarem que ela seria uma boa alternativa para os problemas de corrupção envolvendo o PT, divulgados pela imprensa; ou do PSDB, que embora não tenha o mesmo destaque na imprensa, sabe-se que existe. Mas o fato é que muitos eleitores desavisados levaram um baita susto! Sabe que colocaram Serra de volta à disputa e agora com uma real possibildade de ser nosso novo presidente.

Meu marido, entre outros parentes, votaram na Marina.  Estão apavorados diante da possibilidade, nem um pouco remota, de Marina apoiar o Serra. Entre eles, meu ilustríssimo companheiro é o mais arrependido, temeroso em ver os pedágios de Serra, tomando conta das rodovias federais, dificultando ainda mais o nosso santo direito de ir e vir. Como se isso fosse o que de pior o Srº Zé Serra pudesse fazer pelo país!

Os jovens embarcarem na “onda” é até compreensível, pois adoram modismos e semprem buscam a neutralidade inconsequente, disfarçada em protestos, quando se vêem diante de uma decisão que envolve diretamente a possibilidade de alterar a história do país. É uma forma de se absterem da decisão caso as coisas venham a dar errado. Sempre poderão dizer: eu não votei na Dilma! Não votei no Serra. E assim, insentos de culpa, seguem com a consciência tranquila e a sensação do dever cumprido. No caso dos evangélicos, também é perfeitamente explicável. Quer dizer, nem tão perfeitamente assim. Talvez tenham se esquecido que Marina não governa sozinha, e que está ao lado do Gabeira – por sinal até gosto dele – o verdadeiro terrorista, que sequestrou um embaixador americano e por isto é proibido de entrar nos Estados Unidos; o mesmo Gabeira autor do livro A Maconha;  Defensor das drogas, do aborto, da união entre homossexuais, entre outras “liberdades” repudiadas pelos evangélicos. Que contra-senso! Mas como evangélico vota em evangélico, pode estar aí a explicação. Com a quantidade de mentiras espalhadas pelas internet dando conta de que Dilma é a favor do aborto, é lesbica, é terrorista, e por aí vai, é bem possível mesmo que os evangélicos tenham “pegado a onda” também.

Já o que não consigo entender mesmo é a minha classe, cuja esmagadora maioria é terminantemente contra o PSDB, que vendo a maneira como os professores foram tratados pelo governo FHC e igualmente tratados pelo governo Zé Serra, em São Paulo, se presta a este papelão de colocar o sujeito a poucos passos de uma Presidência da República. Será que a maioria dos professores – nem tão jovens assim – são evangélicos?  Será que realmente acreditavam em um segundo turno entre Marina e Dilma? Ou será que acreditavam na possibilidade de Marina ganhar este pleito? O que aconteceu aqui no Rio de Janeiro – não sei nos outros estados - é que muitos pseudo-intelectuais, e alguns outros “cult’s” – para usar um termo mais cafona que a própria palavra “cafona” - da classe média fluminense , se bandearam para a "onda verde" .  É isso aí, vamos “salvar o planeta” mesmo que isso represente sacrificar o Brasil! O fato de a candidata em questão não ter a menor condição de governar – pelo menos não agora – pela inexpressiva participação do seu partido no Congresso e suas alianças, no mínimo, duvidosas, além do fato de o candidato do seu partido, o Gabeira, ser apoiado pelo PSDB, não fizeram a menor diferença. O negócio era “surfar na tal onda”! Os que aderiram à “onda verde” foram os mesmo que aderiram ao “lulalá”. Sentem-se importantes, formadores de opiniões, esclarecidos e intelectualizados. Adoram um candidato até ele se tornar popular. Assim que o “povão” aprova a escolha, por ser beneficiado por ela, partem para outro, pois não suportam a idéia de ter a mesma opinião de um povo pobre e sem cultura. Me desculpem se estou sendo radical! Mas já fiz parte deste grupo em um passado relativamente distante. Aqueles que votaram em Marina por outras questões que não as apontadas acima, estão completamente livres da minha crítica. Afinal, vivemos em uma democracia e não tenho o direito de contestar seu voto, sendo este consciente e verdadeiro e não baseado em modismos, influências religiosas, ou contextos preconcebidos!

Sempre gostei de segundo turno, pois acho que deixar alguém vencer logo no primeiro turno é dar muita confiança para o candidato. Mas nestas eleições, em especial, queria uma vitória logo no primeiro, só para não correr o risco de ver o PSDB voltar ao poder. No entanto, eleições é isto mesmo, deve-se votar no primeiro turno em quem se deseja, independente de pesquisas. Tenho certeza que boa parte dos eleitores de Marina- O Globo fala algo em torno de 30% - jamais votariam em José Serra. 

Outra certeza que tenho é que se Marina se unir ao José Serra neste segundo turno, muitos amigos meus que aderiram a esta tal “onda verde” vão ficar vermelhos de raiva.

E eu de vergonha!

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