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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Israel - De Vitima a Algoz!

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Que o povo judeu foi vítima de um dos maiores massacres da história, isto só Ahmadinejad tem dúvida - segundo ele, não dúvida quanto ao massacre, mas quanto ao número de vítimas - deve achar meio exagerado, sei lá!  O fato é que desde 70 d.c., quando o Império Romano expulsou os judeus de Jerusalém, destruindo o templo, deixando de pé apenas parte de seu muro, hoje conhecido como ‘O Muro das Lamentações”, os judeus se dispersaram mundo afora. Os descendentes de Jacó, ocuparam, principalmente, a Rússia, Polônia, Hungria e Lituânea, países da Europa Oriental. Eram sempre a minoria , por estas e outras, inclusive a acusação romana de terem sido os verdadeiros culpados pelo assassinato do filho de Deus, tiveram que conviver com preconceitos e perseguições, onde quer que chegassem. 
Em meados do século 19 surge um movimento liderado por Theodor Herzl, denominado Sionista (uma referência ao Monte Sion em Jerusalém), com o objetivo de recriar a nação judaica. Na Suíça, em 1897 foi realizado o ICongresso Sionista, a fim de se criar um documento em que o mundo reconhecesse o direito dos Judeus ocuparem a Palestina, ou seja, retornar à sua pátria ancestral. Como podem observar a idéia de ocupação da Palestina pelo povo judeu é muito anterior  ao Nazismo.  O problema era que há pelo menos 2000 anos a Palestina já estava ocupada por outro povo, os Árabes.
É evidente que ninguém recupera terras perdidas há mais de 2000 anos sem “suar a camisa”- ou seria melhor “sangrar a camisa”? – mesmo sendo esta terra prometida pelo Todo Poderoso.  Até porque o Todo Poderoso de um, pode não ser o Todo Poderoso de outro, não é? Vide o próprio Jesus Cristo, ou Maomé! Bem, o fato foi que os descendentes de Jacó  estavam dispostos a recuperar sua “terra prometida” e milionários judeus, devidamente instalados na Europa Oriental abraçaram o movimento e começaram a comprar terras dos árabes, que até então não viam nenhum problema em dividir a terra com os novos moradores, contanto que fossem bem pagos por isso. Espertinhos!!!
No início da I Guerra Mundial, 1904, já havia algo em torno de 60.000 judeus nas terras palestinas, mas a paz entre judeus e árabes sofreu seu primeiro abalo, justamente por conta desta guerra. Afinal, o Oriente Médio e seu cobiçado petróleo, passou a ser objeto de desejo das grandes potências envolvidas no conflito. Com o fim da primeira guerra, a Inglaterra ,vitoriosa, assume em 1916 o poder no Oriente Médio. É o fim do  império turco-otomano que controlava a região desde o século 13.
Com o desenvolvimento promovido pelo governo da Inglaterra mais judeus começaram a ocupar a palestina, e por volta de 1931 já era em torno de 170 mil deles, construindo escolas, hospitais e fábricas. Os árabes, é claro, que já estavam se sentindo invadidos, ficaram ainda mais irritados, pois era judeu demais em seu território, e prevendo o que já estava por vir, começa a tentativa de expulsá-los. A Inglaterra por sua vez faz vistas grossas, e com interesses no-  Adivinha o quê?… Isso mesmo! – petróleo, começa a limitar a imigração de judeus nas terras Palestinas, para agradar aos árabes . Tarde demais!!
Os judeus para se protegerem - mais que justo – criam, em 1920,  um exército clandestino, o Haganah ("defesa", em hebraico), algo parecido com o Hamas. Ai, não! Me perdoem! O Hamas é um grupo terrorista, o Haganah só lutava pelo direito de recuperar as terras que lhe foram tiradas 2000 anos atrás, embora para isso também tenha cometido diversos atentados terroristas na Europa. Mas pelo menos não usava criancinhas como escudo humano!  Bem, continuando, o Haganah queria que o governo britânico deixasse a Palestina, mas eis que entra em cena a Segunda Guerra Mundial onde Alemães e Italianos armam os Árabes contra Ingleses e Judeus! Aí, evidentemente, o Haganah passa a apoiar a Inglaterra contra os Nazistas e Facistas, que eles não são bobos. Os guerrilheiros do Haganah, com o intuito de salvar os  judeus das mãos dos Nazistas, cria um serviço de imigração ilegal para Israel, o que deixou a Inglaterra muito irritada, mas impotente diante da opinião pública mundial estarrecida com as atrocidades cometidas por Hitler e seus comparsas.
Bem, a Inglaterra já cansada, pressionada pelos guerrilheiros do Haganah, pela comunidade internacional e já não aguentando mais os custos da ocupação na Palestina, decide  retirar-se do contexto, passando o “pepino” para a recém criada, Organização das Nações Unidas.
Em 29 de Novembro de 1947 , a resolução 181 na Assembleia Geral da ONU aprova a partilha da Palestina em 2 estados, um judeu e outro árabe.  Votaram a favor 33 países:  Austrália, Bélgica, Bolívia, Brasil, Bielorússia, Canadá, Costa Rica, Checoslováquia, Dinamarca, República Dominicana, Equador, França, Guatemala, Haiti, Islândia, Libéria, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Panamá, Paraguai, Peru, Filipinas, Polónia, Suécia, Ucrânia, União Sul Africana, U.S.A., U.R.S.S., Uruguai, Venezuela; Votaram contra: Afeganistão, Cuba, Egipto, Grécia, Índia, Irã, Iraque, Líbano, Paquistão, Arábia, Saudita, Síria, Turquia, Yemen; E Se abstiveram: Argentina, Chile, China, Colômbia, Salvador, Etiópia, Honduras, México, Reino Unido, Iugoslávia. A Inglaterra recusando-se a cooperar com a decisão, fixa o fim do seu mandato na Palestina para 15 de Maio de 1948.
Algumas horas antes do fim do comando inglês sobre a Palestina, em uma reunião marcada às pressas, com convites marcando o ato para as 16h sendo impresso com apenas um dia de antecedência, Israel finalmente recebe de volta a “terra prometida”. Em 14 de maio de 1948 foi criado o Estado de Israel. 
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Quando estava terminando esta história, Ariane, uma aluna de 15 anos, pede a palavra e diz:
“Fico imaginando um grupo de Índios, sem terras, que tenha vivido há uns 500 anos por aqui, chegando no meu portão e me pedindo para devolver a terra que sempre foi deles. É claro que não vou dar! Aí um grupo de vizinhos, nem tão próximos assim, decidem que, por direito, devo repartir meu terreninho com eles. A senhora acha isto justo? Quem a senhora acha que está certo?”
Detesto quando sou encostada na parede! Já afirmei que prefiro ficar em cima do muro, pela possibilidade de poder observar de uma posição privilegiada os dois lados.  Mas tive que me posicionar! Afinal, cerca de 70% da Palestina, que era ocupada por Árabes há 2000 anos, pensaram exatamente como Ariane, e por não aceitarem repartir suas terras, a pancadaria  persiste por quase um século. O pior é que devido a esta luta sangrenta, cerca de setecentos mil palestinos,  tiveram que abandonar seu país e são exilados, formando um outro povo a quem o Todo Poderoso não prometeu terra alguma, os refugiados. Estes sim, as verdadeiras vítimas deste conflito insano!
E pensar que  foi para estes Refugiados Palestinos, que se encaminhavam os navios com ajuda humanitária que Israel resolveu atacar, fora de seu território, em águas internacionais, alegando legítima defesa! Pior, sequestram o navio e depois vai para a televisão dizer que está expulsando de seu país o grupo. Agora me digam, como alguém pode ser expulso de um lugar que foi obrigado a entrar? O mais certo não seria, “foram liberados”, ou ainda melhor, “LIBERTADOS”?
O povo judeu continua sendo vitima, só que agora os algozes são seus próprios líderes, que não satisfeitos em massacrar os palestinos, atiram contra sua própria nação, incitando o mundo a odiar um estado que com tanta luta e sofrimento foi criado!
É tão simples promover a paz! Mas quando um não quer, dois brigam feio!!! Imagine então quando muitos não querem!!!
Technorati Marcas: ,,

1 comentários:

Anônimo disse...

Leia os quadrinhos PALESTINA de Joe Sacco e entenda as atitudes de Israel há algumas décadas. Israel nasceu em 1948, veja o mapa de Israel (muito território) e veja que em 1948 ele era povoado pelos palestinos. Agora olhe o mapa e veja que um pequenino pedaço de Israel é Gaza, para onde ficaram os palestinos. Os demais palestinos expirraram para outros territórios. Israel determina que nada chegue à Gaza (beira-mar). Joe Sacco, este artista fantástico, entrevistou todos e fez quadrinhos. Revelador!

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