Uma história contada no Museu do Homem do Nordeste fala sobre o surgimento da cachaça no Brasil. Eu a achei super interessante e como cachaça faz parte da cultura brasileira, e cultura está diretamente ligada à educação, resolvi dividir com vocês o “Momento Manguaça Cultural”. Vamos a ela:
Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.Aposto que um monte de “cachaceiro” por aí que não conhece esta história!!
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.
O que fazer agora?
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.
Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
Bem, se quiser conhecer a verdadeira – ou oficial – história da aguardente de cana de açúcar clique aqui. Mas vou logo avisando que meu intento com essa história foi exaltar a criatividade do brasileiro e não necessariamente falar sobre cachaça, viu? Sem contar que a história contada no nordeste é muito, muito mais bonitinha!
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