Três avaliações do PISA foram realizadas até agora, em 2000, 2003 e 2006, centrando-se na leitura, matemática e ciências, respectivamente. Esta seqüência será repetida com os inquéritos em 2009, 2012 e 2015, permitindo um acompanhamento contínuo e consistente dos resultados educacionais. Independente da habilidade em que se concentra em um determinado ano, as outras duas habilidades também são avaliadas. Sempre procurando desenvolver novos instrumentos de avaliação de acordo com as necessidades dos países participantes, através da coleta de informações mais detalhadas sobre as políticas e práticas educacionais. É o programa mais abrangente e com a mais rigorosa avaliação internacional de desempenho de estudantes, coletando inclusive, dados sobre o aluno, a família e os fatores institucionais que podem ajudar a explicar as diferenças no desempenho. Em 2006 o foco foi as ciências, mas também foram avaliadas a matemática e a leitura. Além dos 30 países membros, foram convidados 27 países: Argentina, Azerbaijão, Brasil, Bulgária, Chile, Colômbia, Croácia, Eslovênia, Estônia, Federação Russa, Hong Kong, Indonésia, Israel, Jordânia, Quirguistão, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Macao, Montenegro, Qatar, România, Sérvia, Tailândia, Taiwan, Tunísia e Uruguai. A amostragem é complexa e muitas são as considerações em que estão embasados o estudo. Você pode ver o relatório completo, clicando Aqui. Vou me ater apenas à média de cada país em cada uma das avaliações.
Ciências
- Países acima da média
- Países na média
- Países abaixo da média
Leitura
- Países acima da média
- Países na média
- Países abaixo da média
Matemática
- Países acima da média
- Países na média
- Países abaixo da média
Nunca é demais lembrar que existem no mundo 191 países, segunda a Organização das Nações Unidas (ONU). Isto sem contar Taiwan, que não tem a independência reconhecida pela China, e ainda o Vaticano e a Groenlândia. A avaliação da OCDE abrangeu 57 países, faltando, se formos contar estes 3 mencionados, 137 deles a serem submetidos à avaliação. Lembre-se disso antes de se apavorar com os dados do Brasil nesta amostragem! Sem contar o fato que países que imaginamos serem muito superiores a nós, também não alcançaram a média. Mas antes que comecem a dizer que vivo defendendo o Brasil, quero deixar claro, que em se tratando de educação não quero estar abaixo da média. Aliás, não quero nem estar na média. Quero estar entre os melhores, acima da média!
A verdadeira razão de eu ter buscado, traduzido e publicado esta pesquisa, não é defender o sistema educacional brasileiro, embora me preocupo sim com a forma como estes dados são manipulados a serviço de alguns setores da nossa sociedade. No entanto, estou usando estes estudos para fazer o seguinte questionamento: se você tivesse que escolher com quem aprenderia sobre um assunto que não domi
na, você escolheria aprender com alguém que sabe tanto, um pouquinho mais, ou ainda menos que você, ou você escolheria aprender com alguém que sabe bem mais que você?
Pois bem! Por que diabos o Brasil insiste em copiar o modelo educacional do México, da Argentina e da Espanha, ao invés de aprender com os países que realmente dão os bons exemplos e apresentam os melhores resultados?
A resposta a estes questionamentos poderá salvar milhares de brasileiros analfabetos funcionais e ainda um tanto de brasileirinhos que são privados de um ensino de qualidade por um grupo muito distinto de intelectuais financiados por todos os contribuintes, letrados, ou não!
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