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Este blog não tem grandes pretensões! É apenas o meu espaço para dizer o que penso, sem que ninguém me interrompa antes que eu conclua minhas idéias. ...risos... Seja bem-vindo!

domingo, 30 de maio de 2010

Evo Morales não cuida da nossa fronteira


Passei por uma terrível situação no ano passado, que quase envolveu um acidente diplomático entre mim e minha vizinha de anos e anos. A cadela invadiu meu quintal e matou meu gato, estou me referindo a um animalzinho sem raça definida que vi crescer e com quem brincava pelo muro há cinco anos. A cena foi grotesca e chorei o dia inteiro, e alguns dias depois também, bastava visualizar a cena.
Conversei com a vizinha que disse não saber o que fazer, pois a cadela, pulava o muro e ela não tinha condições de aumentá-lo e, muito constrangida, me encheu de desculpas. Adoro animais, mas pela primeira vez pensei em assassinar um. Dias depois a situação se repetiu e mais um gatinho foi estraçalhado. Desta vez eu não vi, mas soube através da própria vizinha, pois a infeliz da cadela – estou me referindo ao animal – levou o corpo da minha pobre gatinha para exibir para seus donos. Novamente culpei a vizinha. Mas desta vez ao invés de me desmanchar em lágrimas deitada no sofá, decidi me desmanchar em lágrimas enquanto me vestia para comprar o material e aumentar o muro. Sabe o que aconteceu? A cadela, vivinha da silva, não voltou mais, meus gatinhos sobreviventes, no total de cinco, vivem felizes e seguros e minha vizinha e eu selamos a paz. Final feliz, não é?
Sabe o que aprendi desta tragédia animalesca? Que não era minha vizinha que tinha que tomar conta do meu quintal. Ela cuidava do espaço dela e eu deveria ter cuidado do meu. Arquimedes e Pipoca foram vítimas não daquela pobre cadela - novamente me refiro ao animal- ou da minha vizinha, mas vítimas da minha falta de cuidado com minha fronteira.
Não acho que o Presidente Evo Morales seja o responsável pela cocaína que entra no Brasil, através da Amazônia, como sugeriu nosso digníssimo candidato à presidencia, José Serra. Evo Morales tem que tomar conta do que entra em seu país, não do que sai.  Cada qual é responsável por sua fronteira. Será atacando países vizinhos, como Bolívia, Colômbia, ou Venezuela, que Serra pretende vencer estas eleições? Sinceramente, oposição tem limite!
Consta que a coca exista há pelo menos uns cinco mil anos e seja usada como erva medicinal em vários países da América Latina. Originária dos Andes, era usada até para se colocar no cordão umbilical do bebê para secar e cicatrizar mais rapidamente o local, entre inúmeras outras administrações fazendo parte da cultura histórica andina. No Peru, existe até um órgão do governo encarregado de controlar a qualidade das folhas vendidas no comércio, o "Instituto Peruano da Coca".
Levada para a Europa por volta de 1500, passou a ser comercializada pelos laboratórios Merck  em 1862 e Parke Davis em 1870. Em uma de suas campanhas, a Parke Davis publicou aos médicos: "Esperamos que seja mais freqüente a aplicação dos maravilhosos efeitos da cocaína na terapêutica geral, dos quais destacamos a melhora do estado de ânimo, o aumento das faculdades físicas e mentais, assim como o aumento da resistência ao esforço [...] Seria uma lástima que tão destacadas propriedades não fossem exploradas". Pois é, aí começou a exploração! Medicamentos e mais medicamentos com a substância foram criados, e até refrigerantes seguiram o conselho e aplicaram os maravilhosos efeitos da erva em sua composição - Adivinha qual?-  Mas não demorou muito e os abusos deram lugar a surtos psicóticos e dependência química, levando ao óbito diversas vítimas. A erva, inofensiva até então, começa a se tornar uma ameaça. E a antes tão recomendada substância, passa a ser proibida. Em 1901 a Coca-Cola, finalmente retira da sua fórmula a coca.
O ressurgimento da droga se deu por volta dos anos 70, para atender aos apelos de jovens da classe média americana por uma droga que substituísse o LSD, que estava sendo extremamente combatido por lá. Nesta mesma época o narcotráfico colombiano se profissionalizou para atender a demanda . Por volta dos anos 80 ela ganha força e se espalha pelo mundo. E agora, culpa de quem? A Europa que importou a erva, dando-lhe inúmeras aplicações, que nem em sonho os índios da América do Sul haviam imaginado? O Governo Americano que permitiu que a droga ressurgisse e se espalhasse pelos seus jovens, como alternativa a uma droga bem mais letal?  O governo Colombiano que permitiu que se preparessem a tal pasta diabólica em suas terras? Os jovens viciados que para suprir suas carências incentivam um comércio extremamente lucrativo? Evo Morales? Alvaro Uribe? Hugo Chavez? Lula? … Ah! Acho que chegamos ao ponto. Coisas da política nacional!
Quando me deparo com estes absurdos, morro de vergonha de ter odiado a irracional cadela da vizinha.
Estou me referindo ao animal!!!
Fonte:http://www.alcoolismo.com.br/artigos_drogas/cocaina_hist.htm

sábado, 29 de maio de 2010

Vamos tirar as crianças da sala de aula!

100_6377Calma!!!! Já, já me darão razão! Em um mundo globalizado, multicolorido, cheio de atrativos como jogos eletrônicos e internet, condenar nossas crianças a ficar trancadas 200 dias letivos, em uma média de 4 horas diárias, em um quadrado, com um quadro de giz e, no mínimo, um muralzinho na parede, chega a ser um crime. Vamos ser sinceros, tem escola que é um saco!!!! A da minha filha é uma destas. Me perdoem a sinceridade! Morro de pena da minha menina! E o pior que é considerada escola padrão. Padrão ultrapassado, isto sim. Mas depois falo da escola dela, por enquanto vou generalizar. Por mais que se fala, se discute, se aprende, continuamos a reproduzir um modelo educacional do século retrasado. Salvo uma atividade aqui, um evento ali, um passeio acolá, nossas crianças continuam passando a maior parte do tempo, escutando uma professora, copiando do quadro de giz, e sendo vítimas de tentativas contínuas de “domesticação”. Esse modelo já não funcionava em um passado, nem tão recente, imagine agora? Fico imaginando aqueles pobrezinhos ali, sentadinhos, com a lan house logo ali na esquina, uma rua cheia de brincadeiras interessantes, e ele sendo obrigado a copiar páginas de exercícios, manter-se quieto, sentado, aprendendo coisas que ainda não tem a menor idéia da importância.
Eu sempre procurei tirar meus alunos da sala de aula, mas sei que isto implica uma série de fatores, que só nos aborrecem e desanimam. Primeiro, nem sempre os outros funcionários da escola os quer transitando pelas dependências da escola, que não seja na hora do recreio. Vão atrapalhar a aula do professor tal, a quadra está ocupada, a faxineira vai lavar o corredor, o refeitório já foi limpo, os inspetores estão ocupados com o recreio das outras turmas, se alguma criança cair a escola será processada, e por aí vai. Quer um conselho: ignore tudo isso e vá em frente. O professor é absoluto! Ele decide a aula que vai dar e como vai dar. Converse com a turma, explique que o comportamento deles será crucial para as próximas aulas em ambiente aberto. Garanto que eles sabem se comportar e muito bem. Você e eles dão conta da atividade, mesmo que nenhum outro funcionário queira participar daquilo que chamarão de “bagunça”.
Na escola em que trabalho, assim que entrei, encontrei algumas dificuldades em convencer os inspetores na hora de retirar meus “anjinhos” da sala. Os raros momentos em que as atividades ultrapassavam as quatro paredes da sala de aula, se resumiam ás atividades estipuladas pela secretaria de educação. Fora estas datas pré-definidas, já era mais difícil convencê-los a colaborar. No primeiro ano resolvi cumprir as regras  e não assustá-los com meu jeito pouco convencional. Foi um saco!! Se eu me sentia uma prisioneira naquela sala quente e abafada, imagine aquelas crianças!! Foi com jeitinho, educação e paciência que comecei a mostrar meu estilo dinâmico. No ano seguinte já estava pintando árvores, contando tampinhas, organizando murais no pátio, aprendendo biologia andando pela escola, caçando mosquito da dengue no pátio, fazendo salada de frutas, organizando aulas e exposições para visitação de outras turmas, pintando o sete, o oito e o nove, e tudo isto, sem que um único incidente tenha sido registrado. Pronto! Conquistei respeito, credibilidade, e quem diria, admiração dos demais funcionários da escola. Hoje, desde o merendeiro, passando pelas faxineiras e finalmente chegando aos inspetores, todos, sem exceção, abraçam a minha idéia. Claro que não me esqueço de agradecê-los com chocolates, mimos e muito carinho. Afinal, com eles tudo fica mais fácil! Uns preparam o ambiente, outros preparam um lanchinho especial, outros me ajudam com o data show, e o mais legal: todos juntos contribuem para que a atividade seja um verdadeiro sucesso. Quem lucrou com isso? Todos, é claro! Nossas crianças agradecem e a educação se qualifica.
Este ano estou na coordenação e pude disseminar minhas idéias pelos corredores, dividindo com os outros maluquinhos, quer dizer, professores, um ensino dinâmico e realmente produtivo. Nosso plano de ação está sendo cumprido ao “pé da letra” e nosso projeto “A África é Show de Bola” indo de “vento em popa”. Estamos cansados! Mas quem disse que ficar trancafiado em uma sala de aula é menos cansativo?
Algumas atividades desenvolvidas nesta semana:
Semana da Alimentação – Alimentos Industrializados – Mitos e Verdades
Exposição de trabalhos
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Peça - “O Nascimento do Feijãozinho”
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Saúde Bucal – Uma boa alimentação começa com uma boca saudável!
Alimentos Industrializados são vilões para os dentes
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Faltou postar as fotos da nossa hortinha, da oficina de máscaras, da confusão no refeitório com a turma que fez uma deliciosa salada de frutas e algumas outras atividades realizadas no tema. Vou colocá-las depois no álbum de fotos, combinado?
Projeto “A África é Sow de Bola”
Peça Teatral: O Brasil é Multi Colorido - Beleza Negra
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Ontem foi a vez do “Contador de Histórias”,baseado nos Griots,  ainda dentro do projeto Àfrica. Foram selecionados alguns países do continente africano e ele contou alguns contos referentes a cada um destes países. Depois falo sobre esta atividade e posto as fotos. Também ficaram faltando algumas fotos de outras atividades desta semana, pois foram tiradas com outras máquinas e teremos que reuni-las. O mais importante é que todas as atividades tiveram contextos de grande relevância ao currículo escolar. A peça, por exemplo, através de músicas e danças, contou a história do negro no Brasil, falando da sua cultura e a influência desta na nossa música, esporte, etc. Falou sobre personalidades negras na história de forma irreverente e divertida. Também contou sobre a libertação dos escravos no Brasil. Enfim, anos de história em cerca de uma hora. Quer aula mais criativa e interessante?
Em apenas 5 dias quanto aprendizado!
Volto depois com mais fotos e trabalhos. Também vou postar o contato destas pessoas maravilhosas que dispõem seu tempo para nos ajudar a trabalhar com qualidade e respeito ao educando. Até porque de nada adianta ter as idéias e deixar que os professores se matem para tirá-las do papel. Se existe pessoas dispostas a colaborar, só nos resta agradecer e incentivar o movimento, não é?
Para os muitos que já realizam este trabalho, eu peço que me enviem endereços e telefones de ongs, grupos e demais parceiros, aqui no Rio de Janeiro, para que através da troca de experiências possamos incrementar ainda mais nossas atividades. Se quiserem mandar endereços de outros lugares do Brasil para os visitantes deste blog, também, agradecemos imensamente!
Precisamos destrancar nossas crianças. Nada como vê-las assistir às aulas com sorrisos e palmas, ao invés de bocejos e desinteresse! Tirem as crianças da sala de aula!!! Todos por uma educação colorida, divertida e prazerosa! Se é para competir com o mundo globalizado, que lancemos mão de armas eficientes. Não precisamos ficar em desvantagem se assim não o quisermos. Somos perfeitamente capazes de transformar o espaço escolar, adaptando-o às exigências do mundo moderno. Dá trabalho, mas isto nunca nos assustou. Basta querer! E eu sei, queremos!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Que Tal uma Piadinha para Descontrair?

Hoje não estou a fim de falar sério. Continuo defendendo os direitos do povo iraniano, continuo achando que meu país está melhorando em muitos aspectos, e para completar, continuo achando que precisamos melhorar em muitos outros. Em suma, não tenho novidades.
Tá bom!… Confesso! Está me faltando inspiração para escrever, hoje. Até para se falar “abobrinhas” deve-se estar inspirado, não concordam? Então decidi postar uma piadinha recebida por email. Afinal colar é rápido, e rir o melhor remédio!
Advogar exige raciocínio rápido e inteligência...
Na Inglaterra um réu estava sendo julgado por assassinato.
Havia evidências indiscutíveis sobre a culpa do réu, mas o cadáver não aparecera.
Quase ao final da sua sustentação oral, o advogado, temeroso de que seu cliente fosse condenado, recorreu à um truque:
- Senhoras e senhores do júri, senhor Juiz, eu tenho uma surpresa para todos, disse o advogado, olhando para o seu relógio. Dentro de dois minutos, a pessoa que aqui se presume
assassinada, entrará na sala deste Tribunal.
E olhou para a porta.
Os jurados, surpresos, também ansiosos, ficaram olhando para a porta.
Decorreram-se dois longos minutos e nada aconteceu.
O advogado, então, completou:
- Realmente, eu falei e todos vocês olharam para a porta com a expectativa de ver a suposta vítima. Portanto, ficou claro que todos têm dúvida neste caso, se alguém realmente foi morto. Por
isso insisto para que vocês considerem o meu cliente inocente. (In dubio pro reo).
Os jurados, visivelmente surpresos, retiraram-se para a decisão final.
Alguns minutos depois, o júri voltou e pronunciou o veredicto:
- Culpado!
- Mas como? - perguntou o advogado... "Eu vi todos vocês olharem fixamente para a porta, é de se concluir que estavam em dúvida! Como condenar na dúvida?
E o juiz esclareceu:
- Sim, todos nós olhamos para a porta, menos o seu cliente...
"MORAL DA HISTÓRIA: NÃO ADIANTA SER UM BOM ADVOGADO SE O CLIENTE FOR BURRO"

sábado, 22 de maio de 2010

O IRÃ QUE A MÍDIA INSISTE EM OCULTAR

Entrando no site da Nova E, me deparei com um texto de Sonia Bonzi, sobre o Irã, que me deu a convicção da tragédia que os Estados Unidos insiste em provocar com a desculpa de que não se pode confiar no sistema teocrático dos ayatolás. Como a proposta da revista é justamente a de Fortalecer a imprensa independente do Brasil e a Livre Expressão ao disseminar seus artigos, sinto-me à vontade para reproduzir o texto, aqui no meu blog. Segue as significativas considerações da escritora, na íntegra:
O Irã que eu conheci
Sonia Bonzi
Depois de ter morado no Irã, minha maneira de ver o mundo mudou bastante. Não acredito em mais nada do que diz a grande mídia.
Quando soube que ia morar em Teerã senti um certo medo, mas aceitei o desafio. Comecei uma busca voraz por informações sobre o país, a cidade, a história, o povo. Depois de tudo que li, decidi que viveria em casa, reclusa, lendo, escrevendo, fazendo crochet, inventando moda...
Parti de Londres pronta para o sacrifício. Teria que conviver com os xiitas radicais, terroristas cruéis, apedrejadores de mulheres, exterminadores de homossexuais, homens-bomba, mulheres oprimidas, cobertas com véus...
Eu estava submetida às leis locais e me seria vedado mostrar cabelos, pernas e braços. Ficar em casa era o que mais me atraia. Vestir um chador para sair me parecia um pouco demais. A caminho de Teerã eu depositava o sucesso da minha estadia nos jardins da casa onde fui morar. Ter aquele espaço me bastaria.
Logo ao sair do aeroporto comecei a ter uma imagem diferente de tudo aquilo que eu tinha lido. Tudo tão bonito, belas estradas, muita luz, viadutos com mosaicos, jardins bem cuidados, gente vendendo flores nos sinais, um engarrafamento sem buzinas, pedestres poderosos cruzando entre os carros, rapaziada de cabelo espetado, mocinhos com camisetas apertadinhas, moças lindas, super produzidas e também muitas mulheres de chador. Parques cheios de gente. Muita criança. Muito pic nic.
Dizem que a primeira impressão é a que vale. Gostei da chegada. Não tive medo. Não vi tanques, cadafalsos, escoltas armadas... Gostei das caras, das montanhas, das casas, das árvores, dos muros, do alfabeto que me tornava analfabeta.
Logo no segundo dia eu já tinha entendido que minha leitura sobre o cotidiano não tinha nada de realidade. Eu não precisava usar chador. Podia sair vestida com uma calça comprida, um camisão de mangas compridas e um lenço na cabeça. Senti-me nos anos 70, quando eu não dispensava um lencinho.

Deixei o jardim de casa e fui conhecer Teerã.
A imprensa e os meios de comunicação do ocidente me deixavam confusa. O que eu lia e ouvia não correspondia ao que eu vivia e via.
Encontro um povo é acolhedor, educado, culto, simpático, que gosta de fazer amigos, que abre as portas de casa para os estrangeiros, gosta de música, de dança, de declamar poesia... Não encontrei os problemas de abastecimento que me informaram haveria. Comprava-se de tudo, inclusive uísque e vodka. Bastava um telefonema.
Os temíveis homens-bomba nunca passaram por lá. Ninguém se explodia. Foi horrível constatar que enforcamentos aconteciam de vez em quando. Apedrejamento de mulher adúltera já não acontecia há 14 anos.
Fiquei amiga de muitos gays, fiz e fui a festas espetaculares, tomei vinho feito em casa, viajei sem escoltas pelo país, visitei amigos em suas casas de campo, de praia, de montanha...
Apaixonei-me pela culinária refinadíssima, morro de saudades das nozes, pistaches, castanhas, avelãs, frutas secas. Não me esqueço dos pães, do iogurte, do suco de romã puro ou com vodka...
Conheci a Pérsia profunda: lagos salgados, desertos salgados, as antigas capitais, segui a "rota da seda", dormi em caravanserais... Sempre assessorada por amigos locais.
Não conheci um iraniano, de nenhuma classe social, que fosse favorável ao regime teocrático instalado no país. Só uma coisa aproxima o povo do governo: o direito à tecnologia nuclear.
A pressão do ocidente fortalece e radicaliza os aiatolás. O povo do Irã não aceita esta interferência mundial. Quem são os ocidentais para dizer a eles o que fazer? Eles não vem o ocidente como um modelo a ser seguido. Eles não acreditam nos governos que já apoiaram Sadam Hussein numa guerra contra eles. Eles não tem razão para acreditar nas grandes potências. Isto incomoda. Melhor demonizá-los. Eles são acusados de não cumprirem acordos. Quem os acusa também não cumpre.
O domínio da tecnologia nuclear é considerado pelo povo do Irã como um direito deles, que sempre tiveram grandes cientistas, que sempre valorizaram o conhecimento, a medicina de ponta, que querem vender energia nuclear..

O povo iraniano não começa uma guerra há mais de 200 anos. Eles não são belicosos. São diferentes de seus vizinhos. A instabilidade no Oriente Médio não é causada pelo Irã. Apesar da força que a imprensa, os governos, as corporações fazem para denegrir a imagem do Irã, eu confesso que o Irã que eu conheci não é o que é descrito pela mídia ocidental.
Não há favelas em Teerã, não há miseráveis pelas ruas. Minorias tem seus representantes no Congresso, judeus tem seus negócios, suas sinagogas, zoroastrianos tem acesa a chama em seus templos. A família é uma instituição valorizada. Refugiados palestinos e iraquianos são mantidos pelo governo e pelo povo iraniano, que lhes oferece abrigo, alimento e escolas...
Não acredito que ameaças e o uso da força possam melhorar a situação na região. Os iranianos não são os iraquianos. Ser mártir para defender a religião ou a pátria é motivo de júbilo até para as mães.

A negociação, o respeito, a falta de arrogância, as informações corretas são as armas para defender a estabilidade no mundo. Pena que muitos interesses financeiros estejam acima dos sonhos de bem-estar e paz.
A escritora Sonia Bonzi é uma das mais antigas colaboradoras da NovaE, escrevendo do Irã e de vários países do mundo.
Sabe o que é mais assustador? Após terminar de escrever, saí em busca de uma bonita imagem para ilustrar a postagem. No Google Imagem, meio usual para encontrá-las, só vi tristeza, só imagens depreciativas. Por um momento pensei: -onde estão as flores, o povo feliz, ou as montanhas, a que Sonia se referia?
Deu um pouquinho de trabalho, mas encontrei as imagens. Meus sinceros agradecimentos ao site Arguscaruso. Dê uma passadinha no site e confira lindas imagens do Irã e  de muitos outros países do mundo!









Bem, não tendo mais nada a acrescentar, me despeço desejando um ótimo final de semana para todo o mundo!

A Vencedora das Olimpíadas de Astronomia

olimpiadasfinalistas Da esqueda para direita: Alan, Ana, Giuliano, Renan e Vinicius
As Olimpíadas de Astronomia, realizadas através da parceria da Secretaria Estadual de Educação com jornal O DIA, a Fundação Planetário e o Consulado dos Estados Unidos, teve sua grande final ontem, no Planetário da Gávea. Cinco, dos 466 alunos da Rede Estadual de Ensino, chegaram à esta etapa: Ana Luiza Santos Martins, de Duque de Caxias (1º lugar), Alan Almeida dos Santos, de Trajano de Moraes (2ºlugar), Giuliano de Sant’ana, de Miracema (3ºlugar), Renan Ferreira, de São Sebastião do Alto e Vinicius Bernardes, outro Caxiense (empatados tecnicamente no 4ºlugar).
Ana Luiza a grande vencedora, chamou a atenção por diversos fatores: era a única mulher entre os finalistas, era a que tinha mais dificuldades para estudar, pois não tem computador em casa e ainda por cima, com apenas 22 anos, já é mamãe de duas meninas, e para finalizar, por conta da gravidez precoce, passou um tempinho afastada da escola. Talvez por esta razão a vitória desta estudante tem um sabor bem mais doce que de todos os outros. Imagine as barreiras que esta jovem aluna tem enfrentado para dar continuidade aos seus estudos! Parabéns Ana!
O prêmio será uma viagem para Centro Espacial John F. Kennedy, na Flórida, e o Museu Aeroespacial, em Washington. O passeio de 7 dias com  direito a um acompanhante, lhe colocará frente a frente, com os maiores astronautas da terra. Ou seria do Universo? O mais importante mesmo, é a oportunidade, talvez única, que esta jovem brasileirinha está tendo mediante seus próprios esforços, através de seus estudos, e de parcerias como essa, que são um grande incentivo para nossos estudantes e portanto,  sempre bem-vindas!
Parabéns a todos os alunos que participaram! Parabéns a todos os Professores que incentivaram seus alunos, como o professor da Ana, o professor Arthur. Parabéns especial às escolas:
  • Colégio Estadual Guadalajara, de  Duque de Caxias, onde Ana Luíza cursa o 2º ano do ensino médio;
  • Colégio Estadual Maria Marina Pinto Silva, de Trajano de Moraes, onde Alan cursa o 3º ano do ensino médio;
  • Colégio Estadual Deodato Linhares, de Miracema, onde Giuliano cursa o 3º ano do essino médio;
  • Instituto de Educação Governador Roberto Silveira, de Duque de Caxias, onde Vinicius Bernardes, cursa o 3ºano do ensino médio ( Eu me formei em professora nesta escola maravilhosa!!!)
O  cônsul dos Estados Unidos prometeu repetir a dose no próximo ano. Vamos ficar atentos!!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Um Rato na Casa Branca

21_MVB_mundo_ratoO rato a que me refiro no título é este em destaque na imagem, quero deixar bem claro! O inocente roedor não deve ter tomado conhecimento do Relatório Quadrienal da Revisão de Política de Defesa (Quadriennial Defense Review Report, QDR, de fevereiro de 2010) e  a Revisão da Política Nuclear (Nuclear Posture Review, NPR, de abril de 2010), aprovando um orçamento militar que superou longe o do antigo presidente George W. Bush e que lhes garantem a supremacia militar absoluta. Algo em torno de US$ 741 bilhoes de dólares, contra o anterior que era de US$ 651 bilhões. Segundo o relatório “os interesses dos EUA e seu papel no mundo exigem forças armadas com capacidades superiores a tudo o que se conhece”. Diante desta realidade, o bichano jamais deveria ter ousado roubar a cena. Eu não ousaria! Posso ser maluquinha, mas não sou burra!  Jamais disputaria o cenário mundial com o todo poderoso “Nobel da Paz”, como fez o desavisado ratinho e o inocente presidente brasileiro!
21_CHB_ratoVeja o risco que o pobrezinho correu! Estou me referindo ao ratinho. Será que ele ainda está vivo? Será que já esta preso em Guatánamo acusado de terrorismo? Gente!!! Será que era um rato-bomba que não explodiu? Segundo os mais atentos é a segunda vez que o bichinho entra em cena. Eu duvido que haja uma terceira aparição. Afinal, desafiar os EUA uma vez é ingenuidade, duas é burrice, três é mentira.
Em Brasília nunca vi ratos desta espécie. Os Americanos, pelo visto, se intimidam menos com a concorrência que os brasileiros!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Fim de Visto para Turistas Brasileiros nos EUA

Orlando
A Assossiação de Turismo America tem reforçado a idéia do fim da exigência de vistos para brasileiros nos EUA. O programa, que se chama Visa Waiver, dispensa a exigência de visto para a entrada de turistas no país e tem a União Européia como uma das participantes do programa. O Brasil está sendo indicado para o programa devido ao seu crescimento regular nos últimos meses, reforçando sua expressiva atuação no mercado turístico americano. Segundo o presidente do Greater Miami Convention e Visitors Bureau, William Talbert III, “o Brasil fabrica aviões”. Para ele, a questão da imigração ilegal está sendo uma das últimas preocupações dos Estados Unidos em relação aos Brasileiros nos últimos tempos. “Os brasileiros vêm aqui para fazer negócios e são bem-vindos”, diz ele.
A discussão esta só começando, pois será necessário que americanos também não precisem mais de visto para entrar no Brasil. Mas saber que existe esta possibilidade, e que já não somos mendigos desesperados para lavar os pratos nos restaurantes americanos, dormindo em quartinhos fétidos, escondendo-se como bandidos da imigração, nos mostra que, ao contrário do que muitos pregam por aí, estamos crescendo e aparecendo, sim. Muito coisa tem mudado, e não é para pior, contrariando aos mais pessimistas e preconceituosos, que não se conformam por tanta expressividade no cenário mundial ter vindo de um “torneiro mecânico” que detesta um tal de plural. Se bem que estes vão dizer que os brasileiros já lotam os parques da Flórida muito antes do “Torneiro”comandar as coisas por aqui. Dirão que até cartilha de bom comportamento confeccionada para brasileiros foram motivos de críticas em tempos passados. Mas para estes respondo: Se fosse apenas pelo quantitativo de turistas nos parques da Flórida, então deveríamos ter sido inclusos no programa Visa Waiver nos áureos anos 90, quando recordes de visita foram registrados. Mas naquela época a imigração ilegal era a maior preocupação em relação a nós brasileiros, enquanto que  hoje se preocupam muito mais com nosso rico dinheirinho enchendo seus caixas.
Eu não faço a menor questão de visitar o Mickey! Mas pelo menos sei que se aproxima o tempo, se não chegar um intelectual soberbo pondo tudo a perder, em que, caso eu decida gastar minha rica aposentadoria de professora em Nova York, não precisarei ficar implorando para me deixarem ir; ou pelo menos não vão achar que eu quero trocar meus churrasquinhos na lage de casa, por hamburgueres americanos escondidos em algum porão asqueroso de lá! Isto já é, sem sombra de dúvida, um grande avanço!

terça-feira, 18 de maio de 2010

25 de Maio – Dia da África

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Em 25 de maio de 1963 foi criada, através da  iniciativa do Imperador etíope Haile Selassie, a Organização da Unidade Africana (OUA). Séculos de servidão rumam em direção à democracia desde então!  Representantes de 32 governos de países africanos independentes, assinaram a constituição que tinha como principal objetivo o fim do regime  colonial e do Aparttheid, promovendo a emancipação dos povos africanos.  Através da criação do Comite Coordenador da Libertação da África, a OUA pressionou a comunidade internacional, conseguindo apoio direto aos movimentos de libertação. Sanções contra os governos da África do Sul e da Rodésia para o fim do apartheid, foram fundamentais para que a ONU”, em 1968, na Conferência de Teerão, considerasse o regime de separação “crime contra a Humanidade. Em 1972, a Organização das Nações Unidas – ONU, instituiu o dia 25 de maio como "Dia da Libertação da África". A Organização da Unidade Africana, em 9 de Julho de 2002, foi substituída pela atual União Africana.
Deixo aqui minha singela homenagem a este povo guerreiro mediante esta gracinha de soneto de Gilson Lustosa de Lira:
25.05. DIA DA LIBERTAÇÃO DA ÁFRICA
Gilson Lustosa de Lira
Do mais antigo território conquistado,
o nome ¨África¨ foi criado.
Corresponde à Tunísia, se não me engano,
e foi criado pelo povo romano.
Invadido de modo brutal,
foi um grande Império Colonial.
O domínio longo tempo se fez,
pelo Espanhol, Britânico e Francês.
Continente de grande dimensão,
seu maior país é o Sudão,
Com a queda dos grilhões,
a liberdade das nações,
Entre mais de 50 países,
deixaram seu povos felizes.
O importante é que esta data seja comemorada não se evidenciando o sofrimento, a servidão e a miséria deste povo. Afinal, ninguém comemora aniversário relembrando as tristezas nos percalços da vida, não é? Portanto, seria muito mais expressivo, significativo, e totalmente diferente, aproveitar esta data para comemorar as vitórias deste povo. Ressaltar a importância deste continente para as diversas áreas do conhecimento humano constitui um verdadeiro resgate dos seus valores e consequentemente a evidenciação da soberania deste povo de suma importância para a nossa História.
Parabéns Mãe África!

sábado, 15 de maio de 2010

Sanções ao Irã – Pura Demagogia!

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Bombas atômicas só foram usadas duas vezes em guerra, ambas pelos Estados Unidos contra o Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, durante a Segunda Guerra Mundial.” Este foi considerado um dos maiores crimes da história. Quase 200 mil inocentes mortos.
Segundo fontes  da Agência Internacional de Energia Atômica, os seguintes países possuem a bomba atômica, por ordem de Kltons: Estados Unidos, Rússia, China, França, Inglaterra, Israel, Índia, Paquistão e Coréia do Norte em fase inicial. Já os países que têm a tecnologia para fabricá-la e não o faz por opção são: Alemanha, Japão, Itália, Canadá e Brasil.
Por que o Iraque ou o Irã não podem ter a sua?  Porque as doentes crias do sistema teocrático, em que os ayatolás mandam, representam uma ameaça ao ocidente, principalmente aos americanos e israelenses, e por esta razão não são confiáveis? Longe de mim defender armas nucleares, principalmente para terroristas! Mas direitos são iguais, tanto de tê-las, como de não tê-las. Se ninguém quer se desarmar, então todos podem se armar. Um bom exemplo vale mais que mil sermões, ou mil sanções, como é o caso!
Depois de acabar com o Iraque, com o discurso de destruir armas nucleares que nunca existiram,  usando para isso suas próprias armas nucleares, os Norte Americanos apontam seus F16 para o Irã. Todos conhecemos o contexto desta  história, vai morrer mais civis inocentes nas mãos dos justiceiros que pregam a paz mundial, que todos os mortos pelo próprio governo iraniano e seus ayatolás fanáticos, em todos os tempos.  Depois disso ainda veremos o discurso político falando sobre o grande feito e a criação do novo estado democrático. Por falar nisso, será que veremos o presidente Ahmadinejad sendo enforcado , sem julgamento, pela televisão, também?
Todas as nações discursam em causa própria. Inclusive o Brasil. Pois bem, se cada qual defende seus próprios interesses, que o Irã tenha o direito de defender os seus! Sejam estes quais forem. O que realmente me irrita é a DEMAGOGIA! A “cara de pau” na hora de explicar as razões de infligir sanções tão pesadas aos seus supostos inimigos.
Antes que seja mal interpretada, afirmo que não nutro qualquer sentimento antiamericanista. Meu único preconceito, são os preconceituosos, já falei isso por aqui.  Não defendo judeus, mulçumanos, ou cristãos,  defendo pessoas com igualdades de direitos, repudiando toda forma de discriminação. Detesto demagogos, seja na América do Sul, do Norte, da Europa, ou de qualquer outro lugar do planeta! Todas as pessoas mortas  por armas americanas, russas, alemãs, ou de qualquer outro império, excede em muito os índices dos mortos por terroristas guiados por Maomé. Onde se encontra o verdadeiro terror, então? “Adolfos Hitleres” disfarçados de “Mahatmas Gandhis”- Sei lá se os plurais estão corretos – é isso o que são. Lula é tão idiota em defender o Irã, quanto os idiotas que o ataca. Para mim “é tudo farinha do mesmo saco”. Um bando de assassinos cruéis lutando para dominar o mundo e enriquecer ainda mais.
Sinceramente, como gostaria de ver todo este empenho, tanto do poderoso EUA, como dos seus aliados, inclusive aqui no Brasil, em defesa dos países africanos, do Haíti e de tantos outros oprimidos pelo mundo afora, onde tiranos que não são ayatolás mas igualmentes nocivos, massacram sua população!
Querido Sr. Presidente Luís Inácio Lula da Silva, dá para sair do meio dessa corja e voltar para o Brasil? Já está sendo ridículo. Tem coisas mais importantes para se fazer por aqui. Inclusive retirar do nosso território as armas produzidas pelas indústrias americanas, russas e alemãs,  utilizadas pelo narcotráfico. Esta briga não é nossa. “Quem pariu Matheus que o embale!” Até porque mesmo que seja provado as intenções pacíficas dos iranianos, ninguém vai acreditar mesmo, nem eu. Deixe que sigam o rastro de sangue que lhes garante a hegemonia. Quem vai decidir no final das contas são “Os Senhores das Armas”, que estão acima do bem e o do mal, que julgam e condenam… e ponto final. Não resisti à tentação de colocar a rima!
É! Manda quem pode, obedece quem tem juízo! E assim caminha a humanidade…
Adoooooro frases feitas!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Crianças julgadas por crime de estupro

2232242234_8d70fe4fd6_m Meninos de 10 e 11 anos são julgados por estupro de garota de 8 em Londres. Alguém deveria ter avisado para eles que crime deste tipo devem ser cometidos no Brasil. Certamente aqui estariam livres para estuprar quem quisessem. Poderiam, inclusive, matá-la depois. Aliás, poderiam ter até 16 ou 17 anos que estariam protegidos pela lei. Agora, a menina de 8 anos, esta sim não teria proteção alguma! Certamente diriam que eles estavam “brincando de médico”, coisa de criança! Esperariam eles estuprarem depois de 18 anos pelo menos uma dúzia de meninas para, aí sim, tomarem alguma providência.
A Inglaterra deveria aprender com o Brasil como defender suas crianças! Londres faz tudo errado!

sábado, 8 de maio de 2010

Homenagem a Minha Mãe!

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PARA SEMPRE

Carlos Drummond de Andrade

Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Mãe não tem limite,

é tempo sem hora,

luz que não apaga

quando sopra o vento

e chuva desaba,

veludo escondido

na pele enrugada,

água pura, ar puro,

puro pensamento.

Morrer acontece

com o que é breve e passa

sem deixar vestígio.

Mãe, na sua graça,

é eternidade.

Por que Deus se lembra

- mistério profundo-

de tirá-la um dia?

Fôsse eu Rei do Mundo,

baixava uma lei:

Mãe não morre nunca,

mãe ficará sempre

junto de seu filho

e ele, velho embora,

será pequenino

feito grão de milho.

Eu convivi com uma mulher muito especial. Não era especial só por ser minha mãe. Era especial porque sabia amar as pessoas, sabia respeitar as diferenças, tinha o dom de ouvir, de cuidar, de se preocupar de verdade com o outro. Mãe não só minha, mas de todos aqueles que precisassem de uma mãe. Ela saía por aí adotando pessoas de todos os tamanhos, idades, cor e crenças. Minha mãe era tudo o que uma mãe deve ser, chata, carinhosa, preocupada, exagerada, super protetora, “cozinheira de mão cheia”, vovó dedicada e amiga para todas as horas. Agradeço a Deus todos os dias por ter me dado esta MÃE especial. Esta mulher me transformou no que sou hoje, além de ter transformado a vida de muitos “filhos” que a escolheram. Desde que ela se foi eu me pergunto:

Por que Deus permite

que as mães vão-se embora?

Feliz Dia das Mães!

Aproveitem bastante a sua mãezona, como eu aproveitei a minha!

Instinto Maternal – Mito ou Realidade

bebe
Lendo este texto do Fernando Dannemann no site Recanto das Letras sobre o instinto maternal do rato doméstico não pude deixar de pensar no tal Instinto Maternal nos seres humanos. Ultimamente vive-se questionando o fato de que não existe o tal instinto materno nas mulheres. Muitos acreditam que trata-se de influências culturais e não determinações biológicas. Com o discurso feminista de que os direitos são iguais e portanto o cuidado com os filhos deve ser tanto da mãe quanto do pai, muitas mulheres para não se punir por abrir mão da maternidade prefere acreditar que o “instinto maternal” é um mito criado por uma cultura machista para mantê-las trancafiadas em seus lares cuidando da prole.
Estou longe de ser uma Amélia e mais longe ainda de ser uma feminista, portanto detesto todo tipo de discurso em que para se defender uma idéia, se ataca outra. Todo animal possui um instinto natural para preservar sua espécie, isto é cientificamente, biologicamente, comprovado. Em suma, se até um rato de esgoto tem o tal “instinto maternal” porque uma mulher não o teria? Por que para se igualar ao homem a mulher precisa renegar sua natureza?
Fatores culturais interferem na natureza, isto é fato, e acaba gerando deturpações onde, no final já não percebemos claramente quem interferiu em quem. Afinal, a mulher foi culturalmente obrigada  a assumir a maternidade instintivamente, ou foi obrigada a renegar este instinto em nome de uma liberdade social e uma suposta igualdade?
Sempre criei animais domésticos e já vi muitos nascerem. Já vi o tal instinto maternal entre minhas cadelas e gatinhas, e até em galinhas, patinhas e periquitinhas. Também já vi algumas mães totalmente relapsas, e estas, tomávamos o devido cuidado para jamais ficarem prenhas novamente. Mas estas são, definitivamente, a minoria. A diferença é que elas não tinham muita escolha, e só ficaram sabendo que não queriam ser mães depois de ter aquelas coisinhas miúdas brigando por suas tetas, exigindo alimentos, reclamando de frio, deixando-as irritadas pelo simples fato de estarem ali.
Já entre os seres humanos existe o poder da escolha e é possível se perceber a existência, ou não, deste instinto. Se uma mulher não sente um pingo de emoção ao ver uma mãe amamentando, se não verte lágimas ao assistir um vídeo do nascimento do filho de uma amiga, se acha sua irmã uma idiota ao contar as gracinhas dos seus filhos, imitando inclusive, a voz infantil destes, é fato que esta mulher nasceu sem o tal instinto. Se insistir em ter filhos, aí sim o estará fazendo por fatores culturais ou influências familiares e certamente irá frustrar-se com a maternidade. Pior ainda será a culpa que se arrastará por toda a sua vida por não ter sido uma boa mãe. Uma mulher sabe se nasceu para ser mãe, ou não. Basta não permitir que influências culturais, machistas ou feministas,  determinem o que quer fazer e seguir em frente com suas escolhas. Instinto maternal existe sim, mas nem todos os animais o possuem. É tudo simples questão de sensibilidade! Cabe-nos respeitar a natureza!
Eu sempre quis ser mãe. Em nenhum momento fui cobrada para isso. Queria e pronto. Hoje não me arrependo de ter abandonado uma carreira promissora em nome da maternidade. Mesmo guando todos me achavam louca, deixei o Instinto falar por mim. Agora meus filhos são adolescentes, me enchem de orgulho, e eu voltei à carreira pública. Mesmo que minha carreira atual não seja tão promissora, mesmo que minha vida já não dependa só de mim, hoje sou muito mais feliz! Confiei em mim, nos meus instintos, e acertei.
Como eu poderia saber, se nem sabia que tipo de pessoas eles seriam,  que amaria tanto meus filhotes a ponto do meu coração doer? Como poderia saber que abrir mão da própria felicidade e passar a viver a felicidade de outros, poderia me fazer ainda mais feliz? Desde o primeiro minuto em que toquei meus filhos, soube que minha vida jamais seria  a mesma. Senti que ela seria muito, muito melhor, e ainda hoje não sei bem o porquê. Ainda hoje não consigo entender que amor incondicional é este! Se isto não é instinto maternal, o que é?
Aguardo ansiosa o dia de amanhã para receber meu presente pelo Dia das Mães, embora saiba que meu maior presente me foi dado, por mim mesma, no dia que decidi Respeitar a Minha Natureza!

domingo, 2 de maio de 2010

Rio de Janeiro “Varre” o Tráfico!

olimpiadas-violenciaSe tem um assunto que prefiro não comentar é sobre o tráfico no Rio. Por esta razão talvez este seja meu único comentário sobre os assunto neste blog. Já que este blog é para eu expor minhas opiniões, vou falar sobre a forma encontrada pelos Governantes para acabar com o Tráfico nos morros do Rio de Janeiro. Pelo menos nos que ficam próximos às áreas onde acontecerão os jogos olímpicos. E eu que torcia pelas Olimpíadas na Cidade Maravilhosa!
O fato é que desde que o Rio de Janeiro foi a cidade vencedora para sediar as olimpíadas, começou-se a arrumar a casa para receber os convidados. Até aí tudo bem! Afinal qual a razão de se torcer tanto para vencer esta eleição, que não seja o empenho das autoridades em melhorar serviços, que nunca deveriam estar ruins, mas que estão, e a única maneira de se ver uma solução prática e rápida é “sediando uma olimpíada”? Bem, pelo menos assim deveria ser. Em última instância um evento como esse deveria trazer benefícios que demorariam anos para sair do papel pelos caminhos usuais, isto se saísse algum dia.
Acreditando nessa melhora milagrosa na cidade maravilhosa, torci e vibrei! Mas minha alegria durou muito pouco. Bastou começar a faxina para vermos que a faxineira é porca. Daquelas que corre com o serviço, enrola a patroa e joga a sujeira para debaixo do tapete. Parece que tudo está limpinho, mas se resolvem dar uma olhada pelos cantinhos, atrás das portas, dentro dos armários, ou embaixo do tapete… Nossa!! Encontramos toda a porcaria lá.
É exatamente isso que o Rio de Janeiro está fazendo com suas UPP’s. Varrem o tráfico dos morros da Cidade Maravilhosa e os escondem nas cidades, antes realmente maravilhosas, que ficam no interior, ou no entorno da capital.
Que o prefeito do Rio de Janeiro faça isso, sinceramente eu até entendo, pois deve zelar pelo município que está administrando. Agora, um Governador deve zelar por todo um estado, todos os municípios deste estado, esteja este sediando olimpíadas, ou não.
Cidades que ainda podiam se orgulhar de poderem deixar suas crianças brincando na rua, enquanto suas mães conversam em suas calçadas em uma  bela noite estrelada, estão mudando seus hábitos e trancando-se mais cedo para não ver o desfile de carros cheios de homens com armamentos pesados que se apossaram das tranquilas ruas. Triste, deprimente e revoltante! Não era esta a faxina que eu esperava.
E eu que vibrei com esta olimpíada! Por um momento esqueci que por aqui está cheio de “faxineiras porcas”.
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