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domingo, 5 de setembro de 2010

“Veja” o anti-jornalismo a favor do capitalismo!

veja04

Abri minha caixa de email hoje, e lá estava novamente a Editora Abril,  na tentativa de me empurrar uma assinatura da Veja, me oferecendo 6 exemplares da revista  de graça .  Eu até sou assinante da Nova Escola e  já fui assinante da Veja. Hoje, confesso, não tenho a menor vontade de receber a publicação, nem de graça. A edição de 16 de agosto de 2006 da revista Veja, marcou de vez meu rompimento com esta publicação preconceituosa,  mentirosa e a favor da manutenção de uma sociedade capitalista, excludente e anti-democrática. Na ocasião, uma jovem negra estampava a capa, segurando um título de eleitor na mão, com a seguinte manchete: “Ela pode decidir a eleição”. Quem era ela? Uma nordestina de 27 anos de idade chamada Gilmara Cerqueira. Tinha o ensino médio completo e vivia com um salário mínimo mensal.

Graças às “ Gilmaras Cerqueiras” do Brasil, os pobres leitores da Veja, pertencentes às classes A e B, politizados e esclarecidos, teriam que amargar mais um mandato do “sapo barbudo” ( forma carinhosa a que se referem ao presidente do país), eleito pela grande maioria dos negros, pobres e analfabetos, pertecentes às classes C, D  e E.  Uma coisa ninguém pode negar, a Veja trabalhou duro na tentativa de evitar esta reeleição. Pior, comparando Lula a Collor, articulava o seu impeachment. Investiram pesado, principalmente em dossiês, se é que se pode chamar assim relatórios que não trazem nenhum respaldo legal, ou comprovação de veracidade. Só não conseguiram porque, para a infelicidade desta versão do Pasquim so século XXI, o seu  número de leitores não é maior que o número de eleitores do Sr. Luís Inácio Lula da Silva.

O que de tão absurdo, nunca antes visto na história deste país,  quer fazer-nos enxergar esta publicação “imparcial e comprometida com a verdade, a ética e o respeito ao brasileiro”? A primeira edição após a reeleição de Lula, publicada em 8 de novembro de 2006, nos responde a pergunta: “o gênio humano não concebeu nada mais eficiente do que o velho e bom capitalismo, com seus mercados livres, empreendedores ambiciosos e empresas inovadoras”. Agora sim se percebe claramente a favor de quem trabalha a publicação!  Se todo negro, nordestino e  pobre deste país decidir terminar os estudos, com ou sem o apoio do Bolsa Família, investirem no Enem e concluírem uma faculdade, quem serão os funcionários das classes A e B? Como se sustentará os “empreendedores ambiciosos” e as “empresas inovadoras” sem a mão de obra barata, que só o capitalismo é capaz de produzir? É realmente preocupante!

O que a tendenciosa publicação não esperava e portanto não se conforma, é que o tal presidente sem estudo, despreparado, boçal, metido a inserir-se no cenário mundial sem ter sido convidado, seria aprovado por 96% da população, com ou sem mensalão, com ou sem ANAC, com ou sem dinheiro na cueca, com ou sem PT. O fenômeno Lula ocorre porque quem vota em partido é uma parcela ínfima da população. Para a grande maioria o que importa não é o partido, mas sim o político do partido. Assistindo a um jornal dia desses, vi Lula desembarcando em um aeroporto em um país da europa (não me lembro a emissora e nem o lugar onde desembarcava o presidente), quando duas jovens alemãs saíram correndo para abraçar e tirar uma foto com o presidente. A que se atribui esta popularidade internacional? O PT não inventou a corrupção, não inventou o caixa dois e, principalmente,  não inventou Lula.  É isto que pensa estes 96% que aprovam o governo. E não adianta apelar, pois no Brasil não tem 96% de negros, nordestinos, pobres, que vivem de Bolsa Família e não entendem de política. Talvez seja este justamente o fato que tenha irritado tanto a grande mídia; e que tenha feito a Veja descer tão baixo para defender  os interesses dos seus patrões.

A situação é tão escandalosa que o  jornalista Fábio Jammal Makhoul decidiu debruçar-se sobre a revista Veja para formular sua tese de mestrado em Ciência Política para a PUC de São Paulo. A  revista NovaE preparou o Dossiê Veja –  já que Veja adora dossiês, agora tem um todinho dela – que prima pelo jornalismo ético, com informações devidamente comprovadas, onde encontramos uma entrevista com Fábio Jammal e as principais considerações da sua tese. Vale a pena conferir!

Quanto a mim, vou continuar lendo meus emails, certa de que neste exato momento muitos “escândalos armados” estão sendo tramados na tentativa de pelo menos levar esta eleição para o 2º turno. Não vai demorar para aparecer um João das Couves, ou um Zé Mané, que ninguém conhece, ninguém sabe de onde veio, ou para onde vai depois,  com informações bombásticas contra a Sra. Dilma Rousseff.  Não vou nem estranhar se o pobre cidadão disser que a família dele foi dizimada pela ‘terrorista”. Bem disse Lula: “eleições não se ganha nas pesquisas, se ganha depois que a última urna é aberta e o último voto é contabilizado”. Conhecendo a grande mídia é fácil entender o porquê!

“O povo não é besta, abaixo a revista Veja!”

veja

1 comentários:

laurabeu disse...

amiguxa amada. amei o seu blog. belissimo. beijinhos no coração.

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